Instituto Pensar - CPI da Pandemia: ex-chanceler Ernesto Araújo é o depoente desta terça

CPI da Pandemia: ex-chanceler Ernesto Araújo é o depoente desta terça

por: Iara Vidal 


O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo prestará depoimento à CPI da Pandemia. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo prestará depoimento à CPI da Pandemia do Senado Federal nesta terça-feira (18), às 9h. Os senadores querem explicações sobre a condução da diplomacia brasileira durante a crise sanitária provocada pela Covid-19. 

Após as investigações do colegiado chegarem a Carlos Bolsonaro, senadores integrantes do grupo majoritário da CPI avaliam que o depoimento do ex-chanceler será importante para mapear a atuação de outro filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido): o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Os senadores também pretendem usar a oitiva do ex-ministro das Relações Exteriores para direcionar as investigações para o Palácio do Planalto, mais especificamente a Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República.

Um dos objetivos da comissão parlamentar de inquérito é apurar ações e possíveis omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia, especialmente no agravamento dos casos no Amazonas, com a falta de oxigênio para os pacientes internados.

No período como ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo executou na política externa o negacionismo de Jair Bolsonaro (sem partido) na pandemia, o que teria feito o Brasil perder um tempo precioso nas negociações por vacinas e insumos para o combate à doença.

Os senadores também pretendem obter informações sobre os exatos termos de atuação do Itamaraty para trazer vacinas e insumos para o Brasil.

Votação de requerimentos pela CPI da Pandemia

Os membros da CPI também devem votar nesta terça requerimentos de convocação de autoridades como o coronel Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, e o presidente do Plenário da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), Hélio Angotti Neto.

Também deve ser analisado pedido de quebra de sigilo de empresas ligadas ao ex-secretário de Comunicação do governo Fabio Wajngarten, que foi ouvido pela CPI na  semana passada. 

Nesta segunda-feira (17), o colegiado recebeu novos requerimentos, entre eles pedidos de convocação do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do assessor do Palácio do Planalto Filipe Martins. A CPI ainda não tem data para votar esses requerimentos.

Tanto Carlos quanto Filipe foram citados pelo presidente regional da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, como participantes de uma reunião no Palácio do Planalto com a Pfizer em dezembro de 2020. Outros depoentes da CPI corroboraram a afirmação.

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